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Uma empresa que deseja ser bem vista por seus clientes, fornecedores, funcionários, enfim, pela sociedade onde está inserida, deve se preocupar em manter uma postura ética e um nível de comprometimento com o meio ambiente, construindo bases sólidas para um movimento voltado à cidadania corporativa.
Esta condição tornou-se primordial para qualquer tipo de empresa, independente do porte e setor onde atua.
A motivação para tal iniciativa é decorrente de uma série de transformações, que estão configurando o novo cenário do mundo dos negócios.
A possibilidade de abraçar uma causa social, por menor que seja, envolvendo uma rua, um bairro, uma comunidade ou uma cidade, por exemplo, é válida para qualquer empresa.
Para estabelecer uma proposta ética e social de trabalho e direcionar melhor o foco de suas ações, a empresa deve, antecipadamente, compreender qual é o papel dela na comunidade.
Trabalhando desta forma, além de ampliar o campo de exposição a todos aqueles com que se relaciona, a empresa também pode ficar mais competitiva, graças à valorização que está sendo conferida a esta sua nova postura.
Neste contexto, a sociedade começa a exigir das empresas muito mais que apenas qualidade em produtos e serviços.
Atualmente, o apelo tem se voltado à oferta de produtos e serviços ambientalmente corretos e as práticas sociais éticas, numa abordagem mais ampla e ativa.
Mesmo que o movimento por estas causas esteja numa dinâmica não tão acelerada quanto necessária, o tempo, mais cedo ou mais tarde, obrigará todas as empresas a repensarem sua postura, enquadrando-se neste novo cenário.
Deste modo, uma empresa não pode ficar dependente das outras para iniciar ações neste sentido. Ela pode adotar uma causa, por menor que seja, e seguir adiante, relacionando-a, por exemplo, com o meio ambiente, educação, emprego, segurança alimentar e nutricional, saúde, cultura, religião, defesa e conservação do patrimônio histórico e artístico, combate à pobreza, apoio à criança e ao adolescente e voluntariado, dentre outras.
Com o passar do tempo, certamente, outras empresas seguidoras abraçarão a mesma causa, constituindo uma nova força a um movimento que sua empresa ajudou a construir ou, melhor ainda, foi precursora em sua instituição.
Um exemplo mais claro sobre o que é trabalhar com ética, pode ser verificado através das relações que uma empresa constrói com seus clientes.
Assim, ela é ética, por exemplo, quando trabalha agregando transparência em suas relações, proporcionando bons resultados para si mesma e para o cliente, não se esquecendo da sociedade.
Com a sociedade, a empresa, em ações mais pontuais, assume uma postura ética ao se mostrar preocupada com o meio ambiente e combater a poluição, por exemplo.
Também quando se discute ética nas empresas, é fundamental envolver os funcionários em sua dinâmica. Afinal, do que adianta ser ético com os agentes que se relacionam com a empresa, se os funcionários, um de seus ativos mais valiosos, não recebem um tipo de tratamento com valorização e respeito, nem possam expressar suas opiniões e colaborar na tomada de decisões?
Ampliando a questão ética para dentro da empresa, ela também pode ser traduzida pelo bem-estar e condições proporcionadas para o desenvolvimento profissional e pessoal do funcionário, sem assumir, no entanto, um caráter assistencialista.
Desta forma, a boa ética começa na “própria casa”, ou seja, nas relações internas, para só depois se propagar externamente.
Continua valendo o tão conhecido ditado popular de que “não se deve dar o peixe ao pescador, mas, sim, ensiná-lo a pescar”.
O mundo empresarial, por sua vez, precisa oferecer sua contribuição à sociedade e ser recompensado pelo que faz neste sentido.